Para mim, espiritualista não é aquele que acredita em ESPÍRITOS, mas aquele que acredita no ESPIRITO HUMANO!!!
É esse tipo de visão que faz das pessoas verdadeiros espiritualistas, pessoas realmente interessadas em conhecer para crescer, para acordar, para somar.
De fato, é muito legal estudar, querer entender, conhecer para conhecer-se mais e melhor, mas nada disso tem qualquer valor se não for para usar no meio em que vivemos, com as pessoas com que convivemos, ensinando e aprendendo, ajudando, dando a mão, abraçando, sorrindo, chorando e xingando, às vezes, mas elaborando melhor a criatura divina que somos.
Tudo o que há de mais perfeito e de mais bonito neste universo imenso está em nós. Falta apenas despertar e pôr para funcionar.
Nada do que precisamos alcançar ou aprender está fora de nós ou longe de nós. Pelo contrário, está ao alcance de um sentimento elevado, está ao alcance de um pensamento legal.
Somos todos UM e tudo está em todos, sem que cada um deixe de ter a sua individualidade. O segredo está, justamente, em manter essa individualidade, desvencilhando-se do individualismo, que nos torna frios, egoístas, orgulhosos.
Ser um indivíduo sem ser individualista... Esse talvez seja o segredo que nos falta desvendar, porque ainda confundimos muito quem somos com o que somos.
O fato de sermos alguém único não nos torna diferentes dos outros. Ao contrário, é exatamente nisso que somos iguais a todo mundo: cada um é um e todos somos iguais na essência, na origem, na missão de se aperfeiçoar, no dever de amar, no direito de ser amado, no trabalho doloroso de crescimento, na busca do conhecimento. A diferença, se é que podemos falar em diferença, é que cada um de nós pode escolher o modo como quer vivenciar todas essas coisas que fazem parte do crescimento de qualquer um.
Para chegar no andar de cima tenho a opção de ir de escada comum, de escada rolante ou de elevador e, seja qual for a minha opção, eu vou chegar lá. Uma me leva mais depressa e com menos "sofrimento". Outra me leva mais devagar e com muito mais "suor". Mas todas me levam ao mesmo lugar.
Eu não posso escolher se vou subir ou não, mas posso escolher como vou subir. E não posso escolher se vou ou não ao andar de cima, mas posso escolher como vou chegar lá.
E não importa o meio que eu escolher, haverá algumas pessoas que vão usar o mesmo meio que eu e outras que vão preferir os outros meios e talvez até inventar outros mais...
Afinal, tem sempre aquele mais aventureiro que gosta de emoções mais fortes e pode querer chegar lá pendurado numa corda pelo lado de fora.
E daí? Se ele chegar, é o que está valendo. Espero poder abraçá-lo quando nos encontrarmos lá.
Também espero que possamos trocar idéias a respeito dos meios que cada um usou para subir até lá. E ainda, espero que possamos explorar o andar de cima juntos, com nossos modos diferentes de enxergar, mesmo quando olhamos na mesma direção.
Na esperança de que possamos aprender muito um com o outro. Quem sabe para o próximo andar eu não vou de corda e ele vai de um jeito menos emocionante? Sei lá...
É essa riqueza de variações num mesmo universo único e uno que torna a nossa experiência evolutiva tão especial. São essas diferenças que nos enriquecem de verdade, mesmo que, às vezes, a gente tenha a impressão que elas nos empobrecem, diminuem, desbotam.
A verdade é que, quanto mais desbotamos por fora, mais brilhamos por dentro. E isso é que nos impulsiona para o "alto" da nossa própria consciência, pois nos livra dos pesos que nos mantêm presos no fundo escuro do nosso ego.
Nenhum comentário:
Postar um comentário